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Scrum ou Kanban em Projetos de Aprendizagem?

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Você já se viu atolado em vários projetos de treinamento simultâneos, prazos apertados, demandas mudando toda hora e stakeholders ansiosos por resultados? Pois é — o ambiente de T&D e o trabalho do designer instrucional estão cada vez mais parecidos com o de times de produto e tecnologia.


É por isso que metodologias ágeis como Scrum e Kanban têm ganhado força também no design instrucional. Não, você não vai virar desenvolvedor de software — mas pode usar a lógica ágil para ganhar velocidade, visibilidade e flexibilidade nos projetos de aprendizagem.


Por que vale aplicar agilidade em T&D?


Projetos tradicionais de treinamento costumam seguir o modelo cascata: diagnóstico → design → desenvolvimento → implementação → avaliação. Mas esse fluxo é rígido, leva meses, e muitas vezes só revela problemas lá no final, quando o curso já está pronto (e é caro de corrigir).


Com abordagens ágeis, você consegue:


  • Validar hipóteses cedo, com protótipos ou MVPs de aprendizagem.

  • Ajustar o escopo conforme surgem novos dados do negócio.

  • Dividir o trabalho em entregas menores, com ciclos curtos que mantêm o projeto vivo e geram valor constante.


Scrum no Design Instrucional: como usar?


Scrum é excelente para projetos mais complexos, que envolvem muitas partes e etapas. No DI, você pode montar sprints (ciclos) de 1 a 2 semanas para:


  • Fazer o levantamento de dados com a área cliente.

  • Construir wireframes ou storyboards e validar com stakeholders.

  • Produzir módulos pilotos e testar com pequenos grupos.


A cada sprint, reúna o time (instrutores, revisores, especialistas) para a review — analisando o que foi entregue e planejando o próximo ciclo. Isso evita surpresas e cria transparência no projeto, reforçando a confiança do cliente interno.


E Kanban, serve para quem faz DI?


Já o Kanban é ideal para fluxos contínuos ou quando você toca vários projetos pequenos ao mesmo tempo. Monte um quadro visual (pode ser físico ou no Trello / Jira) com colunas como:


  • Backlog (tarefas planejadas)

  • Em produção

  • Em revisão

  • Concluído


Assim, toda equipe vê claramente o que está sendo feito e onde estão os gargalos. Isso melhora a comunicação e evita retrabalhos — algo comum em projetos de educação corporativa onde múltiplos cursos rodam ao mesmo tempo.


Pequenas práticas ágeis que já mudam o jogo


Você não precisa implantar o framework completo para colher benefícios. Comece com pequenas práticas, como:


  • Daily stand-ups de 15 minutos para alinhar o dia e eliminar obstáculos.

  • Revisões quinzenais com o cliente interno, mostrando protótipos e ajustando escopo.

  • Uso de cartões Kanban para visualizar progresso e identificar sobrecargas.


Isso já traz mais ritmo, colaboração e previsibilidade aos projetos.


Design Instrucional também é produto


No fundo, um programa de aprendizagem é um produto: ele tem público-alvo, resolve dores do negócio, precisa de usabilidade e entrega resultados.


Tratar o design instrucional com lógica ágil ajuda você a agir como product manager de educação — não só executando demandas, mas criando soluções iterativas que evoluem junto com as necessidades da empresa.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


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