Scrum ou Kanban em Projetos de Aprendizagem?
- Instituto DI
- 14 de jul.
- 2 min de leitura

Você já se viu atolado em vários projetos de treinamento simultâneos, prazos apertados, demandas mudando toda hora e stakeholders ansiosos por resultados? Pois é — o ambiente de T&D e o trabalho do designer instrucional estão cada vez mais parecidos com o de times de produto e tecnologia.
É por isso que metodologias ágeis como Scrum e Kanban têm ganhado força também no design instrucional. Não, você não vai virar desenvolvedor de software — mas pode usar a lógica ágil para ganhar velocidade, visibilidade e flexibilidade nos projetos de aprendizagem.
Por que vale aplicar agilidade em T&D?
Projetos tradicionais de treinamento costumam seguir o modelo cascata: diagnóstico → design → desenvolvimento → implementação → avaliação. Mas esse fluxo é rígido, leva meses, e muitas vezes só revela problemas lá no final, quando o curso já está pronto (e é caro de corrigir).
Com abordagens ágeis, você consegue:
Validar hipóteses cedo, com protótipos ou MVPs de aprendizagem.
Ajustar o escopo conforme surgem novos dados do negócio.
Dividir o trabalho em entregas menores, com ciclos curtos que mantêm o projeto vivo e geram valor constante.
Scrum no Design Instrucional: como usar?
Scrum é excelente para projetos mais complexos, que envolvem muitas partes e etapas. No DI, você pode montar sprints (ciclos) de 1 a 2 semanas para:
Fazer o levantamento de dados com a área cliente.
Construir wireframes ou storyboards e validar com stakeholders.
Produzir módulos pilotos e testar com pequenos grupos.
A cada sprint, reúna o time (instrutores, revisores, especialistas) para a review — analisando o que foi entregue e planejando o próximo ciclo. Isso evita surpresas e cria transparência no projeto, reforçando a confiança do cliente interno.
E Kanban, serve para quem faz DI?
Já o Kanban é ideal para fluxos contínuos ou quando você toca vários projetos pequenos ao mesmo tempo. Monte um quadro visual (pode ser físico ou no Trello / Jira) com colunas como:
Backlog (tarefas planejadas)
Em produção
Em revisão
Concluído
Assim, toda equipe vê claramente o que está sendo feito e onde estão os gargalos. Isso melhora a comunicação e evita retrabalhos — algo comum em projetos de educação corporativa onde múltiplos cursos rodam ao mesmo tempo.
Pequenas práticas ágeis que já mudam o jogo
Você não precisa implantar o framework completo para colher benefícios. Comece com pequenas práticas, como:
Daily stand-ups de 15 minutos para alinhar o dia e eliminar obstáculos.
Revisões quinzenais com o cliente interno, mostrando protótipos e ajustando escopo.
Uso de cartões Kanban para visualizar progresso e identificar sobrecargas.
Isso já traz mais ritmo, colaboração e previsibilidade aos projetos.
Design Instrucional também é produto
No fundo, um programa de aprendizagem é um produto: ele tem público-alvo, resolve dores do negócio, precisa de usabilidade e entrega resultados.
Tratar o design instrucional com lógica ágil ajuda você a agir como product manager de educação — não só executando demandas, mas criando soluções iterativas que evoluem junto com as necessidades da empresa.
IDI Instituto de Desenho Instrucional
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