top of page

Por que seus Treinamentos não Engajam? Os Erros Invisíveis do Desenho Instrucional

ree

Você já viveu isso: depois de semanas desenvolvendo um projeto bem estruturado, chega o dia do treinamento e... nada. O público parece disperso, poucos aplicam o que foi ensinado e a sensação é de ter investido tempo e recursos em vão.


Isso acontece mais do que se imagina. E na maior parte das vezes, o problema não está no conteúdo técnico, mas em erros silenciosos no desenho instrucional que minam a experiência.


Falta de diagnóstico real


Muitas áreas pedem o “remédio” antes de entender o problema. “Precisamos de um treinamento sobre vendas consultivas” — mas será mesmo que o gargalo está no conhecimento? Talvez seja motivação, processos confusos ou falta de ferramentas.


Um designer instrucional estratégico não sai produzindo de imediato. Usa entrevistas rápidas, questionários e dados do negócio para mapear a causa raiz. Esse diagnóstico é o que garante um planejamento eficaz e aumenta as chances do treinamento gerar impacto real.


Alinhamento de expectativas falho


Outro erro comum é não alinhar o que cada um espera do projeto. O líder quer aumento de produtividade, o RH foca em engajamento e os colaboradores só querem algo rápido para voltar ao trabalho.


Como evitar esse desalinhamento?


  • Faça reuniões de kick-off com exemplos visuais (protótipos, fluxogramas, wireframes).

  • Use storytelling para mostrar cenários futuros.

  • Documente os objetivos do projeto e valide com todos.


Um projeto colaborativo, com todas as partes envolvidas, costuma ganhar muito mais força e adesão.


Esquecer da jornada completa


O treinamento não começa no “dia do treinamento”. A jornada do participante começa bem antes e pode (e deve) continuar depois.


Veja práticas simples que funcionam:


  • Antes: envie teasers, desafios ou pesquisas rápidas para criar expectativa.

  • Durante: use dinâmicas práticas conectadas ao objetivo, não apenas “quebra-gelos”.

  • Depois: envie nudges, quizzes ou microlearning para consolidar.


Isso prolonga o processo de retenção e ajuda o conhecimento a virar comportamento.


Falta de espaço para prática e interação


Talvez o erro mais sutil: achar que “atividade” é sinônimo de prática. Uma enquete no Mentimeter pode ser divertida, mas não necessariamente faz o participante praticar o que precisa dominar.


Pergunte-se: onde o participante vai realmente experimentar o que está aprendendo? Ele vai simular situações, resolver problemas do dia a dia, compartilhar cases?


É essa conexão que transforma o aprendizado em algo vivo, aplicável — e o treinamento em algo que gera ROI.


Para fechar


Muitos treinamentos fracassam não por causa dos slides, mas por falta de pequenos ajustes no desenho instrucional: diagnóstico fraco, expectativas desalinhadas, jornadas incompletas e pouca prática.


Quem antecipa essas armadilhas, cria experiências transformadoras. No fim das contas, esse é o verdadeiro papel do designer instrucional.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


Comentários


bottom of page