Por que seus Treinamentos não Engajam? Os Erros Invisíveis do Desenho Instrucional
- Instituto DI

- 20 de jul.
- 2 min de leitura

Você já viveu isso: depois de semanas desenvolvendo um projeto bem estruturado, chega o dia do treinamento e... nada. O público parece disperso, poucos aplicam o que foi ensinado e a sensação é de ter investido tempo e recursos em vão.
Isso acontece mais do que se imagina. E na maior parte das vezes, o problema não está no conteúdo técnico, mas em erros silenciosos no desenho instrucional que minam a experiência.
Falta de diagnóstico real
Muitas áreas pedem o “remédio” antes de entender o problema. “Precisamos de um treinamento sobre vendas consultivas” — mas será mesmo que o gargalo está no conhecimento? Talvez seja motivação, processos confusos ou falta de ferramentas.
Um designer instrucional estratégico não sai produzindo de imediato. Usa entrevistas rápidas, questionários e dados do negócio para mapear a causa raiz. Esse diagnóstico é o que garante um planejamento eficaz e aumenta as chances do treinamento gerar impacto real.
Alinhamento de expectativas falho
Outro erro comum é não alinhar o que cada um espera do projeto. O líder quer aumento de produtividade, o RH foca em engajamento e os colaboradores só querem algo rápido para voltar ao trabalho.
Como evitar esse desalinhamento?
Faça reuniões de kick-off com exemplos visuais (protótipos, fluxogramas, wireframes).
Use storytelling para mostrar cenários futuros.
Documente os objetivos do projeto e valide com todos.
Um projeto colaborativo, com todas as partes envolvidas, costuma ganhar muito mais força e adesão.
Esquecer da jornada completa
O treinamento não começa no “dia do treinamento”. A jornada do participante começa bem antes e pode (e deve) continuar depois.
Veja práticas simples que funcionam:
Antes: envie teasers, desafios ou pesquisas rápidas para criar expectativa.
Durante: use dinâmicas práticas conectadas ao objetivo, não apenas “quebra-gelos”.
Depois: envie nudges, quizzes ou microlearning para consolidar.
Isso prolonga o processo de retenção e ajuda o conhecimento a virar comportamento.
Falta de espaço para prática e interação
Talvez o erro mais sutil: achar que “atividade” é sinônimo de prática. Uma enquete no Mentimeter pode ser divertida, mas não necessariamente faz o participante praticar o que precisa dominar.
Pergunte-se: onde o participante vai realmente experimentar o que está aprendendo? Ele vai simular situações, resolver problemas do dia a dia, compartilhar cases?
É essa conexão que transforma o aprendizado em algo vivo, aplicável — e o treinamento em algo que gera ROI.
Para fechar
Muitos treinamentos fracassam não por causa dos slides, mas por falta de pequenos ajustes no desenho instrucional: diagnóstico fraco, expectativas desalinhadas, jornadas incompletas e pouca prática.
Quem antecipa essas armadilhas, cria experiências transformadoras. No fim das contas, esse é o verdadeiro papel do designer instrucional.
IDI Instituto de Desenho Instrucional





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