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E-learning não é só SCORM

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Por muito tempo, fazer e-learning significava basicamente montar um curso linear em SCORM, subir no LMS e esperar que os colaboradores “consumissem” o conteúdo. Mas o mundo mudou — e o comportamento do público também.


Hoje, se queremos que a aprendizagem digital faça diferença no negócio, precisamos ir além do pacote SCORM padrão. O papel do designer instrucional é justamente pensar em experiências digitais mais flexíveis, vivas e conectadas com a forma como as pessoas realmente aprendem e trabalham.


Microlearning e jornadas modulares


Um módulo SCORM de 40 minutos é quase um convite para distrações. O cérebro humano aprende melhor em pequenas doses, com intervalos para processar.


Por isso, o microlearning cresceu tanto: pílulas rápidas, em vídeo, texto ou áudio, que focam em um objetivo claro por vez. Você pode estruturá-los em jornadas, permitindo que o participante avance conforme seu ritmo e necessidade.


Isso reduz carga cognitiva e facilita que o conhecimento vá para o dia a dia de forma incremental — algo muito mais alinhado à ciência da aprendizagem.


Social learning: as pessoas aprendem juntas


E-learning não precisa ser solitário. Plataformas colaborativas permitem fóruns, espaços de compartilhamento e desafios coletivos. Alguns exemplos práticos:


  • Criar salas virtuais para troca de cases entre áreas.

  • Propor missões semanais, que o colaborador posta e recebe feedback.

  • Usar chats integrados para tirar dúvidas em tempo real.


Isso engaja, reforça o aprendizado e cria uma cultura interna de troca.


Gamificação para motivar e consolidar


Outro caminho é usar elementos de jogo para tornar o aprendizado digital mais dinâmico. Não precisa virar um videogame completo: pode ser tão simples quanto um sistema de pontos, medalhas, rankings ou desafios desbloqueáveis.


A gamificação trabalha motivadores intrínsecos (como superação e pertencimento) e extrínsecos (como recompensas), tornando o processo mais atrativo — sem perder o foco no objetivo de negócio.


Simuladores e cases interativos


Para treinar habilidades críticas, vá além do quiz. Simulações permitem que o participante tome decisões em cenários realistas e veja as consequências. É o tipo de aprendizado experiencial que o cérebro fixa muito mais do que conteúdo passivo.


Cases interativos também são excelentes: mostre uma situação, peça que o participante escolha o caminho e depois revele o desfecho, promovendo reflexões sobre o que fazer diferente.


O LMS como parte (não o centro) da estratégia


O erro é colocar o LMS como protagonista. Ele é importante para organizar e rastrear, mas o centro da estratégia deve ser a experiência do participante — como ele interage, pratica, recebe feedback e transfere o aprendizado para o trabalho.


Por isso, o DI que quer inovar pensa o digital não como “entregar curso no LMS”, mas como criar ecossistemas de aprendizagem, combinando trilhas, recursos on the job, feedback contínuo e espaços colaborativos.


E-learning é muito mais do que SCORM. Quando o designer instrucional amplia seu repertório e usa formatos diversos, o digital deixa de ser só um depósito de cursos e passa a ser um motor de transformação no negócio.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


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