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Do Protótipo ao Curso Pronto: Como Usar Design Thinking na Criação de Treinamentos

Foto do escritor: Instituto DIInstituto DI


No universo do treinamento e desenvolvimento, a pressão para criar soluções eficazes e escaláveis é constante. O Design Thinking se destaca como uma abordagem que integra empatia, criatividade e experimentação, permitindo testar e refinar cursos antes mesmo do lançamento. Este artigo explora, de forma prática, como aplicar essa metodologia para transformar ideias em treinamentos de sucesso, com exemplos reais e dicas que facilitam a implementação em ambientes corporativos.


1. Compreendendo o Problema: A Base do Design Thinking


A etapa de imersão no problema é fundamental para identificar as reais necessidades dos colaboradores. Por exemplo, imagine uma empresa que deseja melhorar seu atendimento ao cliente. Entrevistas e observações podem revelar que a dificuldade está na comunicação interpessoal e na empatia com o público. Utilizar ferramentas como o mapa de empatia e mapear a jornada do aprendiz ajuda a identificar pontos críticos e oportunidades de melhoria, permitindo que o curso seja direcionado exatamente para suprir essas lacunas.


2. Ideação: Gerando Soluções Criativas


Nesta fase, técnicas de brainstorming e métodos colaborativos possibilitam explorar diversas soluções. Reúna equipes multifuncionais e incentive o uso de metodologias como os "6 chapéus do pensamento" ou o método SCAMPER para estimular ideias inovadoras. Por exemplo, para um treinamento de compliance, uma sessão de ideação pode gerar a ideia de incluir simulações de dilemas éticos e jogos de role-playing, criando um ambiente de aprendizado interativo e dinâmico.


3. Prototipagem: Testando o Curso Antes do Lançamento


A criação de storyboards e wireframes interativos é essencial para visualizar o curso em sua forma inicial. Desenvolva protótipos simples – como um módulo piloto ou uma simulação interativa – e convide um grupo reduzido de colaboradores para testá-lo. Em um cenário prático, para um curso de segurança no trabalho, o protótipo pode incluir simulações de situações de risco reais, permitindo identificar falhas e oportunidades de aprimoramento antes da implementação completa.


4. Teste e Iteração: Refinando com Base em Feedbacks


O ciclo de testes permite incorporar feedback de forma rápida e contínua. Utilize pesquisas online, grupos focais e ferramentas como Google Forms para coletar opiniões dos usuários. Por exemplo, ao testar um treinamento de vendas, uma turma piloto pode revelar que determinados conceitos não estão claros, indicando a necessidade de ajustar o conteúdo ou a abordagem didática. Esse processo iterativo garante que o produto final seja refinado e efetivo.


5. Implementação e Avaliação Contínua


Após os refinamentos, o curso é implementado em larga escala com monitoramento constante. A utilização de modelos como a avaliação de Kirkpatrick permite medir o impacto do treinamento em diversos níveis: desde a reação dos participantes até a aplicação prática no dia a dia e os resultados organizacionais. Em um cenário real, uma empresa que investe em um programa de desenvolvimento de líderes pode acompanhar indicadores-chave (KPIs) para avaliar mudanças comportamentais e melhorias na performance, ajustando estratégias conforme necessário.


Conclusão


O Design Thinking proporciona uma conexão com as necessidades reais dos aprendizes, assegurando que cada etapa do desenvolvimento do treinamento seja centrada no usuário. Ao testar e refinar protótipos, as organizações reduzem riscos, otimizam recursos e entregam treinamentos mais eficazes e engajadores. Adotar essa abordagem é transformar desafios em oportunidades de aprendizado contínuo e inovação.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


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