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Copywriting para Instrutores: Técnicas que Prendem a Atenção e Facilitam a Compreensão


Muito se fala sobre copywriting em marketing, mas pouco sobre sua aplicação no campo da aprendizagem. A verdade é que todo designer instrucional, facilitador ou conteudista escreve para convencer — convencer o aluno a continuar, prestar atenção, aplicar o que aprendeu.


Isso torna o copywriting uma habilidade essencial para quem trabalha com conteúdo educacional. Não para vender, mas para comunicar com clareza, gerar engajamento e facilitar o aprendizado. Neste artigo, reunimos técnicas de copy adaptadas para a educação corporativa, com foco em andragogia e design centrado no aluno.


O que é copywriting e por que ele importa na aprendizagem?


Copywriting é a arte de escrever com um objetivo: atrair, informar, persuadir, mobilizar. Em contextos educativos, ele se traduz na forma como conduzimos o aluno por uma jornada de aprendizagem — desde o título do módulo até o call to action de uma atividade.


Aplicar técnicas de copywriting ao conteúdo instrucional não significa “vender” o curso, mas sim tornar a comunicação mais próxima, fluida e funcional. Bons textos instruem, mas também criam vínculo e ajudam a manter o foco. Um material bem escrito pode ser o fator decisivo entre um conteúdo que engaja e outro que é simplesmente ignorado na plataforma.


O tom certo para o público certo


Uma das primeiras lições do copywriting é falar a linguagem de quem lê. Isso não significa usar jargões ou informalidade forçada, mas escolher palavras, estruturas e exemplos que façam sentido para aquele grupo específico.


Para públicos operacionais, por exemplo, a linguagem deve ser objetiva, direta e orientada à ação. Já para gestores, é possível explorar abordagens mais estratégicas e reflexivas. A ideia é adaptar o texto à realidade, sem perder a clareza.


No T&D, isso exige conhecer bem o perfil do público, entender suas dores e usar uma comunicação que conecte conteúdo e contexto — desde o primeiro parágrafo de uma introdução até a proposta de encerramento do módulo.


5 técnicas de copywriting aplicadas à aprendizagem


1. Título que gera interesse


Evite títulos genéricos como "Introdução à Segurança da Informação". Prefira algo mais direto:👉 “Como evitar erros que podem comprometer seus dados no dia a dia”


Títulos eficazes despertam curiosidade e utilidade imediata, dois gatilhos importantes para adultos.


2. Aberturas que contextualizam


Comece cada conteúdo com uma pergunta, situação real ou provocação que faça sentido para o aluno.Exemplo:"Você já teve dúvidas sobre como dar um feedback difícil sem prejudicar o clima da equipe?"


Isso cria um ponto de entrada emocional e prepara o cérebro para absorver o que vem a seguir — algo alinhado à forma como o adulto processa informações.


3. Parágrafos curtos e escaneáveis


Adultos em ambientes corporativos têm pouco tempo e muita demanda. Por isso, a organização visual do texto conta tanto quanto o conteúdo.Use:


  • Frases curtas

  • Listas

  • Destaques em negrito


Essa estrutura melhora a leitura em dispositivos móveis e reduz o esforço cognitivo, facilitando a assimilação.


4. Call to action com propósito


Em vez de simplesmente escrever “responda ao exercício”, explique por que essa atividade é importante:👉 “Ao preencher este mapa, você conseguirá visualizar com clareza os gargalos da sua rotina e propor melhorias com mais segurança.”


Todo CTA é uma oportunidade de reforçar o valor da ação para o aprendiz — algo essencial na andragogia.


5. Conexão emocional e prática


Adultos aprendem melhor quando veem sentido pessoal no que estão aprendendo. Use exemplos do cotidiano, metáforas e histórias reais para ilustrar conceitos.Exemplo:"Dar um feedback sem preparo é como tentar trocar o pneu com o carro em movimento. Você pode até conseguir, mas o risco de estragar tudo é enorme."


Metáforas como essa ativam áreas do cérebro ligadas à imaginação e memória, o que favorece a retenção.


Escrever para facilitar, não impressionar


Um erro comum é achar que textos instrucionais precisam ser “formais” demais. Na prática, quanto mais direto, humano e claro o conteúdo, melhor será o aprendizado. Escrever bem não é usar palavras difíceis — é tornar ideias complexas compreensíveis, acessíveis e úteis.


O bom copywriting educacional respeita o tempo do aluno, sua capacidade cognitiva e sua experiência prévia. Ele simplifica sem empobrecer. E, acima de tudo, potencializa o valor do conteúdo.


Conclusão


Seja em um e-mail de convite para um curso, na abertura de um módulo ou no roteiro de uma videoaula, o texto tem o poder de criar ou quebrar a experiência de aprendizagem. Aprender a escrever com intenção, clareza e propósito é uma competência essencial para quem atua com educação de adultos.


Aplicar copywriting à aprendizagem é, acima de tudo, uma prática de empatia. É escrever para o outro — para que ele compreenda, se engaje e leve o aprendizado para a vida real.


IDI Instituto de Desenho Instrucional



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