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Como Criar Trilhas de Aprendizagem Personalizadas com Base em Dados

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A personalização deixou de ser um diferencial para se tornar uma expectativa. Colaboradores querem trilhas de aprendizagem que conversem com seus objetivos, desafios e contexto real de trabalho. E as empresas precisam garantir que seus investimentos em T&D gerem valor mensurável.


Nesse cenário, o designer instrucional precisa dominar o uso de dados — não apenas para medir, mas para criar experiências que sejam relevantes, acionáveis e sob medida. A personalização orientada por dados é o caminho para trilhas que realmente fazem sentido e provocam transformação. E isso exige uma nova camada de atuação para o DI: inteligência de aprendizagem.


O que significa personalizar com base em dados?


Significa abandonar o modelo "um curso igual para todos" e desenhar trilhas adaptáveis, com caminhos que variam conforme o perfil, o nível de maturidade, o desempenho, os interesses ou o momento de carreira do colaborador.


Mas isso não se faz por achismo. É preciso utilizar dados concretos — de sistemas internos, diagnósticos, avaliações, feedbacks, plataformas de aprendizagem — para identificar padrões, lacunas e potenciais.


Os dados funcionam como bússola para estruturar trilhas inteligentes, que entregam a pessoa certa, no tempo certo, com o conteúdo certo.


Fontes de dados para desenhar trilhas personalizadas


Para personalizar com qualidade, o primeiro passo é ampliar a escuta. Veja algumas fontes possíveis de dados internos:


  • Avaliações de desempenho e feedbacks de 1:1

  • Diagnósticos de competências (autoavaliação ou de pares)

  • Resultados de trilhas anteriores (tempo de navegação, conclusão, avaliação)

  • Dados de plataformas LMS ou LXP

  • Pesquisa de clima e engajamento

  • Entrevistas com colaboradores e líderes


Com esses dados em mãos, o DI pode identificar clusters de necessidades, construir personas de aprendizagem e definir segmentações estratégicas.


Tipos de personalização possíveis em trilhas


A personalização pode acontecer em diferentes níveis. Abaixo, alguns exemplos práticos:


1. Por nível de conhecimento: iniciantes acessam conteúdos básicos, enquanto avançados são direcionados para desafios ou mentorias.

2. Por papel ou área: um colaborador de marketing e outro de operações têm trilhas distintas, mesmo que aprendam sobre liderança.

3. Por momento da jornada: recém-contratados, gestores em desenvolvimento e talentos em aceleração podem percorrer caminhos diferentes.

4. Por estilo de aprendizagem: conteúdos em texto, vídeo, quiz ou podcast podem ser sugeridos com base no comportamento de uso da plataforma.

5. Por performance: a trilha se adapta conforme o resultado em avaliações ou na prática — por exemplo, um módulo extra para quem teve baixa pontuação ou uma certificação acelerada para quem já domina o tema.


Esse modelo cria experiências mais eficazes e economiza tempo e recursos para todos os envolvidos.


Ferramentas que facilitam a personalização


Além do planejamento instrucional, o DI precisa explorar ferramentas que tornam viável essa entrega personalizada:


  • LXP (Learning Experience Platforms): plataformas que usam algoritmos para sugerir trilhas por perfil ou comportamento.

  • Chatbots e IA generativa: recomendam conteúdos, tiram dúvidas e adaptam sugestões com base em interações.

  • Dashboards analíticos: ajudam a monitorar evolução, desistências e pontos de retenção em tempo real.

  • Automatizadores como Zapier: ativam fluxos automáticos de envio de conteúdos ou lembretes por segmento.


Esses recursos ampliam a capacidade de entrega do time de T&D e garantem escala com relevância.


Cuidados na personalização com dados


Personalizar é também uma responsabilidade. Alguns cuidados são essenciais:


  • Privacidade: respeite LGPD e as políticas de dados da empresa.

  • Consentimento e transparência: comunique claramente como os dados serão usados.

  • Atualização constante: trilhas precisam ser revistas conforme os dados mudam.

  • Evite o viés da automação: nem tudo que o algoritmo sugere é pedagogicamente adequado.

  • Não esqueça o fator humano: os dados ajudam, mas o design instrucional continua sendo uma prática sensível e empática.


A personalização só gera valor se estiver conectada a uma intenção educativa clara e aos objetivos do negócio.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


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