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“A Culpa é do PowerPoint? ”Por que Conteúdos Bem Desenhados ainda Falham

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Você já montou um treinamento impecável: roteiros bem amarrados, slides lindos, manual do participante caprichado. Tudo pronto para o sucesso — mas no dia da entrega, o resultado fica aquém do esperado. O público não engaja, surgem dúvidas básicas demais e, no pós-treinamento, pouco ou nada muda.


Afinal, o que deu errado? Muitas vezes o problema não está no conteúdo, mas sim no contexto de entrega, nos facilitadores despreparados ou na falta de alinhamento com o dia a dia do público. É aí que o designer instrucional pode (e deve) ir além do PowerPoint.


O conteúdo não é o protagonista isolado


Slides, apostilas, roteiros... tudo isso importa, mas não resolve sozinho. Se o treinamento for “entregue” sem contexto, sem uma boa facilitação e sem reforços práticos, vira um espetáculo sem impacto.


Na prática, a aprendizagem acontece no debate, na reflexão e na aplicação. O papel do DI vai além de produzir o material — ele precisa prever como o participante vai interagir, questionar, praticar e transferir o que aprendeu para o trabalho.


É por isso que projetos bem sucedidos têm o design pensando no momento da facilitação, não apenas nos insumos que estarão na tela.


Falta de preparo dos facilitadores


Outra razão clássica para conteúdos falharem é o treinador não estar preparado para usar o material. Às vezes é um especialista técnico que domina o assunto, mas não sabe conduzir discussões, propor desafios ou lidar com perguntas fora do script.


Como DI, vá além do material: ofereça um treinamento rápido para os facilitadores, com orientações sobre como conduzir cada dinâmica, cases para provocar o grupo e perguntas poderosas para gerar reflexão.


Esse cuidado garante que o investimento no desenho instrucional não se perca na execução.


Sem conexão com o dia a dia do público


Mesmo conteúdos brilhantes podem falhar se o público não vê relação com o trabalho. Por isso, crie exemplos e casos baseados na realidade da empresa — de preferência, usando dados internos ou situações reais (anonimizadas, se necessário).


Também vale construir um momento em que o participante traduza o que aprendeu para sua rotina, respondendo perguntas como:


  • O que disso aplico amanhã?

  • Em quais situações do meu dia isso faz sentido?

  • O que preciso ajustar no meu jeito de trabalhar?


Esse passo simples aumenta exponencialmente a retenção e a transferência.


O papel do DI vai além do PowerPoint


O DI que só “entrega material” está perdendo metade da oportunidade. Bons designers instrucionais pensam no fluxo do encontro, ajudam a formar facilitadores e estruturam o pós-treinamento, para garantir que o conteúdo não morra no slide.


Quando isso acontece, a empresa começa a perceber o DI como parceiro estratégico — alguém que não só cria, mas garante que o investimento em aprendizagem gere mudança real.


IDI Instituto de Desenho Instrucional


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