4 Estratégias de Educação Virtual Inclusiva
- Instituto DI
- 21 de jan. de 2017
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Quatro ações que as instituições interessadas em promover a inclusão social, digital e capacitação profissional de pessoas com deficiência (visual, auditiva ou motora) podem adotar para incorporar nas suas estratégias de educação corporativa e e-learning:
01) Acreditar nas habilidades das pessoas com deficiência: mesmo com as diversas barreiras tecnológicas, muitas pessoas com deficiência dispõem de grande habilidade e disposição para realizar cursos online. Em uma entrevista realizada com um aluno de um curso a distância com deficiência visual, ele relatou que o ambiente de aprendizagem não havia sido preparado para ele, mas mesmo com os problemas deste ambiente, ele alcançava sucesso devido a sua experiência com leitores de tela e também do auxílio, em alguns momentos, das pessoas que enxergam.
02) Sensibilizar as pessoas da organização: demonstrar a importância de desenvolver cursos para pessoas com deficiência é um dos primeiros passos para seguir neste sentido. Certa vez, convidei um consultor em acessibilidade (ele é uma pessoa com deficiência visual) para expor aos profissionais da empresa (programador, web designer e designer educacional) suas impressões acerca da acessibilidade na educação a distância. O programador que participou desta reunião mostrou-se sensibilizado ao assistir o depoimento desse consultor, que comemorou ter concluído a sua graduação por uma instituição de ensino a distância.
03) Conhecer e incorporar tecnologias de acessibilidade na organização:existem softwares, tanto pagos quanto livres, que se dispõe a facilitar o acesso das pessoas com alguma deficiência. Um exemplo disso é o JAWS®, um software sintetizador de voz (também conhecido por “leitor de tela”) que apoia a pessoa com deficiência visual no acesso ao sistema operacional, ferramentas de produtividade e internet. Importante ressaltar que o sistema operacional Windows e também o Mac OS possuem recursos de acessibilidade nativos (basta buscar em preferências ou configurações pelo termo “acessibilidade”). O mesmo se aplica a recursos mobile, como tablets e smartphones Android ou iOS: habilitando os recursos nativos de acessibilidade, as pessoas com deficiência podem acessar e gerar informações.
04) Desenvolver conteúdo com base nas referências de acessibilidade do WCAG 2.0: designers educacionais, webdesigners e programadores precisam ter noções e técnicas para aplicar as diretrizes de acessibilidade para web do Web Content Accessibility Guidelines. O WCAG.2 pode ser utilizado pelas organizações como uma “lista de verificação” de acessibilidade para web. Estas diretrizes destacam, por exemplo, que qualquer conteúdo não textual (como imagem e vídeo) deve oferecer uma alternativa em texto para que ela possa ser acessível, além de diretrizes de adaptabilidade do conteúdo, navegação e legibilidade.
Com essas ações, as instituições corporativas podem contribuir com a profissionalização, dignidade e inclusão social das pessoas com deficiência. Que tal fazer a sua parte?
(*) Renato de Amorim Gomes é mestre em tecnologias da inteligência e design digital pela PUC-SP