
Você, profissional Designer Instrucional, já imaginou se pudesse desenhar uma instrução que auxiliasse o seu e-aluno obter um poder de aprender mais rápido? Parece impossível? Não se você conhece um pouco de cognição para impulsionar o desempenho do cérebro. Sua mente subconsciente é mais esperta do que você possa imaginar. Ela toma a maioria de suas decisões sem a permissão de sua mente consciente. É a parte de ação mais rápida do seu cérebro.
No entanto, a maioria dos cursos de e-Learning envolvem a parte mais lenta de atuação do cérebro – o neocórtex, sede da lógica e raciocínio.Como você acessa e ativa o subconsciente em e-Learning? Para descobrir isso, vamos primeiro olhar para a estrutura do cérebro. Sua “cuca” possui três cérebros que tomam as decisões mais subconscientes, com é o caso do cérebro inferior.
O cérebro superior, onde podemos dizer que localizam-se nossas capacidades de intuir e sermos espertos, é o neocórtex. Funciona como um supercomputador. Este é o lugar onde exercemos as nossas tarefas lógicas e de raciocínio. (1 + 2 = 2; Se a condição de X, então vai resultar em Y…) Um pouco mais abaixo e longe no crânio é o sistema límbico, que processa emoções. (Ohhhh, que filhote de cachorro fofo!) Mas é o cérebro na parte inferior – o tal cérebro reptiliano – que é responsável pela ação mais rápida e mais ativa dos três cérebros.
O problema é que ele não pensa nem processa informações: é o cérebro do impulso e da pronta resposta quando ocorre algum problema. Ele apenas reage. Exemplo: Uma Cobra!!! Aiii!! É nesta parte reacionária do cérebro onde a maioria das decisões subconscientes acontecem. O problema é: essa parte do cérebro responsável pelas metas poderosas tais como: encontrar comida, sexo, ficar seguro, correr, lutar etc… reage ao desencadeamento das informações do ambiente e é à partir dele que percebe-se como se quer avançar ou dificultar determinadas metas.
O truque consiste em fornecer esses gatilhos que ajudam o seu subconsciente saltar em ação e ir para alerta máximo. Neste estado de alerta, o cérebro reptiliano vai processar a informação mais rapidamente e fazer com que o aluno dê um maior grau de importância para o conteúdo resultando num método de aprendizado mais rápido. Desta forma seguem 5 “gatilhos”cerebrais que podem ajudar os seus alunos a aprenderem mais rápido, ativando o subconsciente.
1. Comece com um gatilho emocional.
Comece o seu curso e-Learning com um gatilho emocional para ativar o subconsciente. Quero dizer: essa informação é a primeira coisa na página do curso que o aluno vai olhar. Antes de um título, antes da marca da empresa, antes de qualquer coisa! Comece com uma página de título ou um podcast ou um micro-video que aborda algo que chame atenção do aluno. Nós somos criaturas emocionais e para o subconsciente “comprar” verdadeiramente um objetivo – para realmente querer isso – você tem que criar uma ligação emocional com o resultado do curso-nos primeiros seis segundos de atenção da tela! O gatilho emocional mais eficaz em e-Learning é mostrar inserir ao aluno em uma situação comum que mostre a ele como a frustração, o medo, a dor ou a perda são causadas. Por exemplo, se o seu curso eLearning é ensinar os alunos a usar um novo software de controle de despesas, você pode começar com um breve cenário mostrando o aluno desesperado procurando recibos de despesas de uma viagem de negócios, ou tendo aquele incômodo de manter o controle de recebimentos, ou a dor de ter um pedido de reembolso de despesas rejeitado porque ele não tem os tais recibos. Estes tipos de cenários desencadeiam ansiedade sobre não ser pago, e ele ativa o subconsciente a tomar medidas para “lutar” para proteger-se (neste caso de perda financeira). O subconsciente em seguida, define-se a ir em uma caçada para evitar a perda financeira das receitas perdidas.
2. Tenha uma conversa com o seu aluno.
Nós, seres humanos somos difíceis em querer ter uma conversa de feedback com outra pessoa. Mas isso significa mais do que apenas colocar uma questão aos alunos e passar para a próxima tela. Antropólogos linguísticos nos dizem que para realmente envolvermos o cérebro em uma conversa você tem que ter o e-Learning ativo e interativo baseado em conversas. Como você faz isso com um curso que não leva interação, assíncrono? Uma maneira efetiva é personalizar as respostas de um avatar na tela para que as respostas do aluno sejam executadas por meio de interações ramificadas. Um exemplo da forma de “ter uma conversa” com o seu e-Learning e personalizar o curso é: observe como o tom lúdico e das mudanças de resposta com base na resposta inicial do aluno e como o avatar realmente parece ter uma personalidade (como evidenciado pela resposta um pouco sarcástica e bem-humorada para a segunda resposta do aluno). É exatamente o que acontece em conversas “tempo real”. Para fazer essa abordagem ainda mais poderosa, não se esqueça de usar um avatar animado, não um recorte de caráter estático. Por quê? Porque o subconsciente também é ativado pela observação dos movimentos e ações humanas. Muitos estudos antropológicos confirmam que nós respondemos a rostos humanos, emoções e movimentos mais do que quaisquer outros tipos de imagens e movimentos. Portanto, use-os para manter vantagem em seus cursos virtuais.
3. Envolva os neurônios-espelho.
Seu cérebro não sabe diferenciar entre ver alguém fazer alguma coisa e realmente fazer a coisa. Esse é o poder de neurônios-espelho. Para entender como os neurônios-espelho funcionam, vamos olhar exatamente o que acontece quando você está assistindo a um jogo de futebol na TV. Você olha para a tela e ver os jogadores correndo pelo campo. Fótons – ou unidades de luz – batem nas retinas dos seus olhos e enviam as imagens dos jogadores correndo para os centros visuais do cérebro, onde são analisadas as ações dos jogadores e os padrões de movimento são detectados. Esta informação é então enviada para os neurônios-espelho do cérebro e essas células remapeiam os padrões de funcionamento, combatem ou passam para a seqüência apropriada de contrações musculares que ajudam a produzir as ações idênticas mesmo que você esteja firmemente plantado no sofá . Não importa se você nunca jogou futebol. Naquele momento, seu cérebro inconscientemente pensa que você está jogando futebol. É por isso que quando um jogador sofre uma particularmente uma dor; sua psique diz-lhe que o seu corpo tomou a mesma batida brutal. Por isso alguns até emitem sons de äAii, iii, uauuu”quando vêem essas imagens… Com o nosso exemplo citado acima… do software de viagem, você pode ativar os neurônios-espelho, mostrando um vídeo de animação de um personagem deixando seu quarto de hotel e esquecendo de levar o recibo com ele. Então, quando ele começa a apresentar o seu relatório de despesas, ele percebe que esqueceu o da recepção do hotel e sua ansiedade aumenta. Mas então ele se lembra que ele começou a usar o novo programa de software e percebe que encontrou uma cópia eletrônica do seu recebimento que já tinha sido apresentado em sua conta diretamente do hotel. Ele está aliviado. Ao observar o avatar fazendo essas ações simuladas as mentes subconscientes de seus alunos vão realmente sentir o mesmo alívio que sentiriam numa situação real.
4. Use caricaturas e quadrinhos.
Pesquisador Vilayanur Ramachandran, diretor do Centro de Cérebro e Cognição da Universidade de San Diego, diz que a maioria dos projetos envolventes aderem a certas “leis da arte” que excitam as áreas visuais do cérebro. Uma dessas leis é o “efeito de deslocamento de pico”, que é bem conhecido na aprendizagem discriminação animal. No pico turno, animais, por vezes, respondem a versão mais exagerada dos estímulos de treinamento. Ramachandran descobriu que os exageros em caricaturas e quadrinhos, em particular, iluminam nosso senso estético primal e é um cérebro inteligente que desvia e leva às pessoas a um maior envolvimento com os conhecidos “lembretes” de conteúdo. Outros têm aplicado este princípio exagero aprendizagem humana com sucesso, também. Quando Jim Kwik, CEO da Kwik Aprendizagem ensina as pessoas a melhorarem a memória, ele diz-lhes para exagerar nas coisas que eles estão tentando se lembrar. Isso porque, como Ramachandram, Kwik sabe que o cérebro anseia por novidade e o exagero mental é um rápido e simples desvio que facilita a aprendizagem.
5. Forneça gratificação instantânea.
Os recursos de games oferecem bem isso! O cérebro reptiliano está programado para obter resultados neste exato momento. Ele não se preocupa com o futuro. É hoje o foco. Para recorrer a este desejo subconsciente, não se esqueça de incluir uma chamada de imediato para a ação – algo que seja compreendido como a única coisa que o aluno pode fazer agora para melhorar suas situação ou sua mudança de comportamento: juntando tudo de uma maneira rápida, fácil. Sei que entender esses conceitos não é fácil. Sugiro pesquisas na área de neurociência para você (designer instrucional) tentar descobrir como pode encaixar tudo isso em um curso de curta duração (15 minutos). Porém lembre-se: é necessário que você tenha em mente esse tipo de informação, uma vez que, é imprescindível entender da anatomia e comportamento humano frente à máquina se quiser ser cada dia mais bem-sucedido em suas atividades de DI.
IBDIN Instituto Brasileiro de Desenho Instrucional